Todo bom gestor vive em busca de formas de otimizar gastos e ainda manter colaboradores satisfeitos e dispostos em produzir e render cada vez mais. Você, gestor do setor de transportes, já se atentou para a relação existente entre a saúde do motorista e sua produtividade? Quando há essa consciência e medidas são tomadas para priorizar hábitos e medidas saudáveis na equipe, resultados são sentidos por todos.
Entenda melhor como a saúde dos funcionários afeta diretamente a produtividade da empresa e saiba ainda como tornar essa relação uma prioridade neste post!
A importância da saúde ocupacional
Nas empresas de transporte, assim como em outros setores, é de extrema importância que haja um departamento preocupado prioritariamente com o bem-estar dos funcionários no ambiente de trabalho. Os profissionais de saúde ocupacional voltam seus esforços para analisar, aplicar e melhorar processos focados na qualidade de vida dos colaboradores, o que inclui prevenir a ocorrência de doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
Além de dedicar valiosa atenção aos riscos das atividades exercidas por todos no cotidiano da empresa, evitando prejuízos causados por situações indesejadas, esse setor ainda será em boa parte responsável pelo clima organizacional, já que o equilíbrio entre saúde emocional e física tem tudo a ver com satisfação, conforto e, em consequência, rendimento individual.
Nesse mercado, há uma lista de especificidades que devem ser pontos de atenção constante para garantir a saúde, como a preocupação com a audição dos caminhoneiros – o contato repetitivo com ruído excessivo dos motores pode gerar problemas auditivos –, dores causadas por movimentos repetitivos ou pela postura, estresse, doenças sexualmente transmissíveis e, claro, os acidentes de trabalho. Outra atribuição específica no caso das empresas de transporte é a fiscalização das chamadas Lei do descanso e Lei do motorista, dois fatores determinantes para a produtividade dos motoristas.
Fiscalizar para produzir melhor
O bom rendimento nas estradas é sinônimo de um motorista bem descansado e não de longas horas seguidas no volante. A privação do repouso diminui a atenção e consequentemente a segurança da viagem, colocando o rendimento e a produtividade sob risco constante – qualquer acidente só trará prejuízos e atrasos. A Lei do descanso assegura a obrigatoriedade de 11 horas de descanso dentro do período de 24h, que podem ser fracionadas ou englobar os períodos de parada obrigatória, desde que haja um primeiro período de no mínimo 8 horas. É preciso valorizar a Lei e reconhecer que seu objetivo é justamente garantir o balanço entre saúde do motorista, segurança e produtividade.
Já a Lei do motorista (Lei nº 13.103/2015), instituída em 2015, trouxe outras regulamentações que agregam garantias importantes para a saúde do motorista. Uma delas é a obrigatoriedade da realização de exame toxicológico para renovação de carteira das categorias C, D ou E e para admissão/demissão de funcionários (no caso de empresas) dessas categorias. O objetivo é claro: erradicar o uso de drogas no trânsito, responsável por danos pessoais aos motoristas que fazem uso de substâncias, a outras vidas, devido aos frequentes acidentes provocados pela perigosa combinação de drogas e direção, e ainda às empresas de transporte, que sofrem com os prejuízos envolvendo atendimento às vítimas, perda de carga e danos aos veículos. Desde sua implantação, a nova legislação tem tido resultados eficazes e virou inclusive exemplo e modelo mundo afora.
A fiscalização à aplicação da Lei do motorista por parte da empresa será uma medida determinante para a manutenção da saúde dos caminhoneiros, mas promover ações internas de prevenção e conscientização sobre o uso de drogas é uma forma de obter resultados ainda mais efetivos no sentido do envolvimento dos funcionários no movimento e melhor aceitação à lei. É preciso transmitir informações – por meio de palestras e dinâmicas, por exemplo – para que, ao invés de cumprir cegamente determinações, a equipe entenda os benefícios para todos os lados. Para as empresas, a redução de acidentes e aumento da qualidade de vida de motoristas que por vezes faziam uso das drogas mais comuns nas viagens (como rebite ou cocaína), resultando em melhor rendimento, são alguns dos benefícios sentidos desde que a lei entrou em vigor.
Quando o assunto é produtividade, a palavra de ordem é prevenção. Por mais que imprevistos aconteçam, é preciso se antecipar de todas as formas possíveis aos problemas que podem colocar em risco a saúde dos membros da equipe. Motorista com a saúde em dia e legalizado é motorista mais seguro, produtivo e satisfeito. Todos saem ganhando!
Para saber mais sobre o exame toxicológico obrigatório, clique aqui.